Viver com pessoas nem sempre é fácil!

Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! [Salmo 133.1] Conflitos humanos em diversos graus de intensidade já se tornaram comuns. Rompimento de amizades, matrimônios, sociedade nos negócios. Quantas e quantas famílias acabam desenvolvendo entre si rancor, inveja, isolamento, maledicência e violência verbal, psicológica, e até em ações de vigança. De geração em geração cria-se uma cultura de ruptura entre famílias. Relacionamentos turbulentos provocam incompreensão, ingratidão, ciúme, espírito crítico, acidez, desprezo e toda sorte de sentimentos que estimulam ainda mais a espiral da turbulência num ciclo vicioso que só amplia a discórdia, discussões, pirraça, teimosia, afastamento. Isso tudo representa elevado risco para a saúde física, emocional, mental e até espiritual, ao produzir sentimentos negativos e disfuncionais que estim- ulam a produção de substâncias tóxicas prej- udiciais ao funciona- mento do corpo humano. Agindo assim, as pessoas deixam escapar, como que pelos dedos, momen- tos agradáveis de convivência, mútuo apoio, troca de experiências e de aprendizado. Pessoas disfuncionais, despidas de autoimagem sadia, podem não con- seguir olhar para a situação com estas percepções, pois, para elas, o que vale mesmo é exaltar seu ego(ísmo) e fazer valer sua opinião, sentimento ou paixão, doa a quem doer. Vivem fora de si. Interessante é, quando consideramos a narrativa da criação em que Deus coloca como matriz para o funcionamento equilibrado de vida o princí- pio da convivência. Não é bom que o ser humano viva só (Gênesis 2.18) foi a marca que o Criador imprimiu em nossa natureza. A tradução deste texto do original hebraíco mostra que Deus planejou a criação com a presença de dois seres diferentes - o homem e a mulher - que foram colocados diante um do outro, que depois seriam uma só carne, isto é, uma só pessoa, um só ideal, apontando para a convivência colegiada e colaborativa. Então a equação ficou: unidade + diversidade = vida equilibrada. Também é curioso notar que o conceito de hierarquia vai surgir após a queda, quando Deus demonstra o estrago causado pela independência e rebeldia de Adão e Eva, que acabou sendo herdado por toda raça hu- mana (Romanos 5.12). O teu desejo será para o teu marido e ele te dominará (Gênesis 3.16). O domínio que era destinado aos dois para exercerem juntos (Gênesis 1.27), agora será de um sobre o outro. E, assim, o ser humano passa a utilizar o poder como semente modeladora dos relacionamentos. A confusão se instala a partir daqui. Qual é o sentimento que tem maior efeito no exercício do relacionamento sadio, que promova qualidade e dignidade de vida? Do qual florecem outros sentimentos que fortalecem ainda mais esse cenário? Só pode ser o amor, tema de tantos poemas, poesias e o ardente desejo de muita gente - ser amada, compreendida. Pois é, se partirmos do fato de que a solidão não estava incluída no planejamento da vida pelo Criador, mas a convivência, o relacionamento e, entre, duas pessoas com natureza bem diferente - homem e mulher - então, Ele gravou na natureza humana o amor como atitude e sentimento essencial, do qual partem outros. Nascemos para conviver, para deixar fluir o amor por meio de nosso olhar, de nosso considerar o outro, de nosso ouvir, de nosso abraçar, de nosso investimento de tempo em trocar expertiências, do relevar coisas insignificantes e aprendermos uns com os outros a SABERviver a vida, assim conseguiremos superar o sobreviver. Eis aqui hoje uma boa oportunidade para você reavaliar como está a sua saúde relacional e em sua família.

Lourenço Stelio Rega

É pastor desde 1977. Teólogo, eticista e escritor. Bacharel e Mestre em Teologia, Licenciado em Filosofia, Pós-gradu- ado em Análise de Sistemas, Mestre em Educação, Doutor em Ciências da Religião. Tem formação na área de liderança. Diretor da Teológica. Professor de Ética/Bioética, Administração Eclesiástica, Filosofia da Religião, Liderança e Ferramentas para Gestão Estratégica

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por Lourenço Stelio Rega por Lourenço Stelio Rega Professor e Diretor da Teológica Professor e Diretor da Teológica
“Para pessoas disfuncionais, despi- das de autoimagem sadia, o que vale mesmo é exaltar seu ego(ísmo) e fazer valer sua opinião, senti- mento ou paixão, doa a quem doer. Vivem fora de si.”